quarta-feira, 4 de novembro de 2009

VEM AÍ... A Noite dos BIZZARROSSSSSS





No seu uso mais antigo e não filosófico, aion significa um período de vida; a sua introdução como conceito na filosofia pode encontrar-se em Parmênides, onde a negação do devir (gênesis) no verdadeiro ser (ver on) conduz ao seu corolário, a negação das distinções temporais «passado» e «futuro» e à afirmação do presente como absoluta simultaneidade. Melisso interpreta isto como apeiron, sem limite, continuando sempre, uma noção posteriormente distinta da de aidios, perduração no tempo, e o mesmo tipo de interpretação pode encontrar-se em Aristóteles,  onde aion abrange «todo o tempo mesmo até à infinidade (apeiron)».




A distinção fundamental entre tempo (chronos) e aion implícita em Parmênides torna-se completamente explícita em Platão, Timeu onde o tempo é criado para servir como imagem (eikon) da situação das eide, das quais Platão, como Parmênides, baniu toda a gênesis, ou, como Plotino põe a questão (Eneadas III, 7, 4), aion é o «modo de existência» do Ser. Mas a admissão feita por Platão, por intermédio da alma, de nous e kinesis no mundointeligível cria um problema desconhecido do universo estático de Parmênides. A solução pode encontrar-se na discussão de Aristóteles do Primeiro Motor cujo «período de existência» (aion) é sem fim (aidios), Metafísica; a razão disto é o tipo peculiar de atividade implicada numa noesis pensando-se a ela própria, o que Aristóteles chama «a atividade da imobilidade» (energeia akinesias) na Ethica Nichomacos 1154b. Isto é o alicerce do modo de tratar a eternidade tanto em Plotino, Eneadas III, 7, 4 como em Proclo, Elem. theol; Proclo na proposição que se segue, hipostasia aion enquanto uma substânciaconsequência de uma prática semelhante no pensamento separada, provavelmente em religioso grego posterior.

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