quinta-feira, 26 de março de 2009

"...por que eu continuarei nele... Nos meus filhos!"

Filhos...

Meus filhos...

São meus filhos...

São minha vida?

São suas as suas vidas?

É a minha vida que continua neles?

Por que gritam? Por que fazem barulho em demasia? Por que tanto me irritam?

A vida deles, é deles, não é minha!

São eles a suprema felicidade de saber que minha vida não foi vã! Continuará! Neles!

Mas que porra é essa? A minha vida é minha e é para mim...

Ou não?

Minha vida não é minha! É deles?

Acordar toda manhã... É por mim ou por eles que faço isso?

Crescerão... Partirão... Terão suas próprias vidas, seu destino, suas dores e angústias... Pensarão em algum momento o que penso agora? Sentirão essa amargura em uma tarde chuvosa?

Ou isso é... Sentimentalismo barato... Apenas...

Nosso tempo não mais permite que percamos tempo com sentimentalismos baratos, então...

Dane-se o tempo, tudo e todos... A vida passa, e passa rápido demais... Demasiado rápido... Nuestros hijos... Hoy niños, mañana... Hombres!

Não quero permitir que o tempo passe sem abraçá-los, acariciá-los, "amassacrá-los"...

Não quero permitir que a vida-louca-vida-breve faça isso conosco...

Um beijo, um abraço, um afago... Alguns segundos de verdadeiro e desprendido carinho... Sem nada em troca...

Tornam a vida com sentido!

Escrito em uma tarde chuvosa e melancólica de verão, ao som de Argentino Luna... Hijo, no te preocupes...

A isso chamam BLUES...

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