Filhos...
Meus filhos...
São meus filhos...
São minha vida?
São suas as suas vidas?
É a minha vida que continua neles?
Por que gritam? Por que fazem barulho em demasia? Por que tanto me irritam?
A vida deles, é deles, não é minha!
São eles a suprema felicidade de saber que minha vida não foi vã! Continuará! Neles!
Mas que porra é essa? A minha vida é minha e é para mim...
Ou não?
Minha vida não é minha! É deles?
Acordar toda manhã... É por mim ou por eles que faço isso?
Crescerão... Partirão... Terão suas próprias vidas, seu destino, suas dores e angústias... Pensarão em algum momento o que penso agora? Sentirão essa amargura em uma tarde chuvosa?
Ou isso é... Sentimentalismo barato... Apenas...
Nosso tempo não mais permite que percamos tempo com sentimentalismos baratos, então...
Dane-se o tempo, tudo e todos... A vida passa, e passa rápido demais... Demasiado rápido... Nuestros hijos... Hoy niños, mañana... Hombres!
Não quero permitir que o tempo passe sem abraçá-los, acariciá-los, "amassacrá-los"...
Não quero permitir que a vida-louca-vida-breve faça isso conosco...
Um beijo, um abraço, um afago... Alguns segundos de verdadeiro e desprendido carinho... Sem nada em troca...
Tornam a vida com sentido!
Escrito em uma tarde chuvosa e melancólica de verão, ao som de Argentino Luna... Hijo, no te preocupes...
A isso chamam BLUES...
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